O presidente americano, Donald Trump, voltou à Sala Oval esta quarta feira, seis dias depois de ter testado positivo para o novo coronavírus, informou a Casa Branca. Entretanto, 20 funcionários da Casa Branca também estão infetados.
O porta-voz do presidente, Brian Morgenstern, disse que Trump participou numa reunião sobre as negociações do pacote de estímulos para a economia e sobre o avanço do furacão Delta, que se prevê que atinja a costa dos Estados Unidos.
Trump está a ser acompanhado pela equipa médica da Casa Branca após a sua hospitalização na sexta-feira com covid-19 e posterior alta na segunda. O regresso à residência oficial da presidência tem causado controvérsia devido ao crescente aumento de casos positivos entre funcionários da Casa Branca. Mas o presidente parece não se incomodar com os alertas de que está a colocar em risco outras pessoas.
No regresso do hospital militar Walter Reed, Trump tirou a máscara e apelou para que “Não deixem que (o novo coronavírus) domine sua vida, saiam”.
Entretanto, os médicos informaram que o presidente esteve sem sintomas durante 24 horas e está sem febre há quatro dias. O médico Sean Conley informou em comunicado que Trump lhe disse esta manhã que se sentia fenomenal.
Conley acrescentou que os últimos exames feitos em amostras coletadas na segunda-feira permitiram detetar vestígios de anticorpos de covid-19, que eram indetetáveis na noite de quinta-feira.
Para o virologista Florian Krammer, da Icahn School of Medicine de Nova Iorque, os resultados não querem dizer muito nesta fase. “É possível que a maioria dos anticorpos detectados tenham vindo na transfusão”, declarou à AFP.
Trump recebeu um tratamento experimental contra o novo coronavírus, baseado em anticorpos sintéticos desenvolvidos pelo laboratório Regeneron.
Para o professor Michael Buchmeier, da Universidade da Califórnia, a presença destes anticorpos também poderia significar que a infeção “está no paciente há mais tempo do que se disse”.
Os médicos da Casa Branca afirmam que Trump testou positivo para um primeiro exame na quinta-feira passada. No entanto, não revelaram quando fez o exame anterior.
Trump prometeu voltar a fazer campanha em breve e participar no segundo debate presidencial contra seu adversário, o democrata Joe Biden, em 15 de outubro, em Miami.
Candidato à reeleição, o presidente está em desvantagem nas sondagens.
Publicado em Plataforma
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